São 6 horas da manhã, o sol me toca. Não consegui dormir, pensando em como os próximos dias eram promissores. Depois de meses de conversas virtuais e saudades cada vez mais fortes que apertavam um tal de coração, ela chegaria a São Paulo. Devia ir para a escola, mas fiz uma loucura. De uniforme e mochila saí de casa, mas não para a escola e sim ao encontro dela. Fui ao aeroporto do jeito que pude: de trem, de metrô, de ônibus. Passei duas horas perdido na gigantesca capital paulista até conseguir chegar ao meu destino. Um montante de pessoas se espalhavam pelo saguão do aeroporto, cada um com uma missão a realizar: seja a trabalho ou simplesmente passar férias com a família. Tudo nesse país é difícil.
Já passavam das 9 horas, aquele sol da algumas horas antes havia sido substituído por uma fina garoa que começava a atrapalhar a ordem dos voos. Segundo ela, a previsão de chegada em SP era às 11 da manhã. Pelo menos se a chuva não atrapalhasse. Mas aquela garoa começou a ficar mais forte e eu mais fraco. Estava sem comer nada desde a hora que saí de casa e fui explorar aquela selva aeroportuária de pedra. Nada mais paulista do que pedir um pão de queijo e um suco de laranja. E como eu amo ser paulista o pedido foi decidido e devorado mais rápido do que qualquer voo ou decolagem naquele momento.
Passei algumas horas daquele dia vendo tudo que ocorre num aeroporto. A tristeza de uma despedida, a felicidade de um reencontro. Incrível como um mesmo lugar pode proporcionar sensações tão diferentes. Sentei em um canto, peguei meu fone e fiquei ouvindo The Killers sem parar. Àquela altura já não me sentia Guilherme. Me sentia o próprio Mr. Brightside.
O tempo passava tão devagar que olhar pro relógio a cada dois minutos me fazia pensar que era uma eternidade. Eis que durante uma música sinto um vibrar no bolso. Nova mensagem de J. "Acabei de sair do avião, daqui a pouco pego um táxi e vou pra casa". Uma sensação de " E agora Arnaldo?" me domina e fico sem reação por alguns segundos. Aquela era hora de agir, não tinha outra alternativa.
Comecei a correr rumo ao local do desembarque programado. O movimento aumentava, assim como minha correria. Era agora ou nunca. Quando cheguei alguns abraços me deram a plena noção de que alguns passageiros já estavam nas terras paulistanas. Apenas visitando ou para sempre. Todos que passarem por aqui aprenderão a amar esse lugar. Foi a única coisa que me passou pela cabeça. Apesar de milhares de pensamentos me atormentarem, o único claro foi este último. Uma confusão se formou, de repente, não entendi se era alguém famoso ou um time de futebol desembarcando. Aquele tumulto aumentou minha apreensão sobre o que aconteceria depois. Mas a apreensão tornou-se adrenalina em dois segundos. Depois de tanto tempo separados, ela estava ali, na minha frente. O olhar dela encontrou com o meu. Fiquei em dúvida sobre o que falar. Ameacei dizer 'Oi' mas parei no O, porque nada devia ser dito. Só devia ser sentido. Um beijo, só isso. Merecíamos. E foi tudo aquilo que nos faltava. Um beijo para quebrar o silêncio e unir dois corações.
"-Oi", ela disse sem certeza. "-Tudo bem?" "-Agora melhor", respondi. "-Como foi a viagem?" "-Cansativa". "-Olha, que lindo sol", ela tentava puxar assunto. "- Não tanto quanto você". Ela ficou sem-graça. Saímos do aeroporto, sem rumo. Não tínhamos lugar certo para ir. E isso era problema? Aquele beijo me dera certeza de como seria bom passar 10 dias com ela...
@Gui_Lorenz
"Se eu falasse só de amor, seria um dos Ursinhos Carinhosos e não um escritor" - Lucas Silveira
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Um Brinde à Classe Média!
Pesquisas recentes do IBGE mostraram que o número de brasileiros que entram na chamada "classe média" vêm crescendo cada ano mais. E isso é totalmente graças ao incentivo que os governos petistas dos últimos 10 anos fizeram nas classes mais pobres. Menos imprensa sensacionalista, bem menos. Há décadas o país está se desenvolvendo e tentando melhorar as condições de vida da população.
Mas o foco deste texto é mostrar como a nossa classe média se comporta e como suas atitudes são parecidas, em qualquer lugar do Brasil. Ah! Como é conveniente ser da classe média. Então vamos ao que interessa: a lista das mais clássicas atitudes dos indivíduos medianos! Eis aqui, tudo que fazemos:
1- Ir ao shopping e reclamar do preço do estacionamento: gastamos muito lá e o estacionamento nos extorque ainda mais.
2- Reclamar da Internet : clássico, ainda mais se for a filha da fruta da NET.
3- Ter PFC por um dia : é sempre um suspense conseguir comprar o jogo pelo pay-per-view. Se pagamos por um jogo e nosso time perde, é uma catástrofe total!
4- Gostar de seriados da Fox e da Warner: seus seriados são geniais, e está ao alcance de todos nós que temos o plano reduzido de TV a cabo.
5- Preferir filmes legendados: cidadão da antiga classe média que honra este título fica bravo quando seu filme preferido será dublado. Uma verdadeira desilusão.
6- Ser fã de, no mínimo, uma trilogia: para nós não é preciso ter 3 filmes para ser trilogia. Harry Potter que tem 8 ou Star Wars que tem 6, são trilogias do mesmo modo que O senhor dos Anéis é.
7- Jogar Xbox ou PS3 sem parar : devo admitir, é um vício. Jogamos como se não houvesse amanhã. Já dizia Renato Russo, " É preciso jogaaar, como se não houvesse amanhã".
8- Torcer para São Paulo ou Palmeiras: não quero saber de corintiano reclamando. Vocês se auto-intitulam como "time do povo". E a classe média não quer ser povão. Logo, tricolores e palestrinos dominam!
9- Reclamar do touchscreen do celular: se você ainda não xingou um, um dia você xingará. Tenho certeza.
10- Criticar a roupa alheia: acho que todos já falaram mal da vestimenta de alguém. "Nossa que vestido curto" e "Olha que camisa amassada" são as mais comuns reclamações.
11- Achar que todo morador da periferia "porta" Oakley: como já citado no texto " A marginalização de uma marca", a Oakley acabou sendo vista como roupa de favelado. Preconceito, mas é da maioria.
12- Só ouvir funk em festas: às vezes é por obrigação ou por seus amigos gostarem. Mas nenhum cidadão classe média passará ileso dessa experiência.
13- Curtir indie rock: acho indie rock a música mais agradável do mundo. É interessante ver a divulgação desse tipo de rock nos últimos anos. É peculiarmente aceita por quase todos.
14- Reclamar do sinal do Wi-fi: apesar de ser grátis, sempre haverá um sinal baixo em algum lugar. A revolta será grande com o pobre roteador.
15- Preferir Twitter e Facebook: acho que todos preferem essas duas redes sociais do que o Orkut. Virou muito povo esse Orkut, com os "zic4$ d4 b4l4d4" dominando sua homepage. Viva os 140 caracteres e o ato de 'curtir'!
Espero que gostem, @Gui_Lorenz
*Com a ajuda de Vitor Santana Alves.
Mas o foco deste texto é mostrar como a nossa classe média se comporta e como suas atitudes são parecidas, em qualquer lugar do Brasil. Ah! Como é conveniente ser da classe média. Então vamos ao que interessa: a lista das mais clássicas atitudes dos indivíduos medianos! Eis aqui, tudo que fazemos:
1- Ir ao shopping e reclamar do preço do estacionamento: gastamos muito lá e o estacionamento nos extorque ainda mais.
2- Reclamar da Internet : clássico, ainda mais se for a filha da fruta da NET.
3- Ter PFC por um dia : é sempre um suspense conseguir comprar o jogo pelo pay-per-view. Se pagamos por um jogo e nosso time perde, é uma catástrofe total!
4- Gostar de seriados da Fox e da Warner: seus seriados são geniais, e está ao alcance de todos nós que temos o plano reduzido de TV a cabo.
5- Preferir filmes legendados: cidadão da antiga classe média que honra este título fica bravo quando seu filme preferido será dublado. Uma verdadeira desilusão.
6- Ser fã de, no mínimo, uma trilogia: para nós não é preciso ter 3 filmes para ser trilogia. Harry Potter que tem 8 ou Star Wars que tem 6, são trilogias do mesmo modo que O senhor dos Anéis é.
7- Jogar Xbox ou PS3 sem parar : devo admitir, é um vício. Jogamos como se não houvesse amanhã. Já dizia Renato Russo, " É preciso jogaaar, como se não houvesse amanhã".
8- Torcer para São Paulo ou Palmeiras: não quero saber de corintiano reclamando. Vocês se auto-intitulam como "time do povo". E a classe média não quer ser povão. Logo, tricolores e palestrinos dominam!
9- Reclamar do touchscreen do celular: se você ainda não xingou um, um dia você xingará. Tenho certeza.
10- Criticar a roupa alheia: acho que todos já falaram mal da vestimenta de alguém. "Nossa que vestido curto" e "Olha que camisa amassada" são as mais comuns reclamações.
11- Achar que todo morador da periferia "porta" Oakley: como já citado no texto " A marginalização de uma marca", a Oakley acabou sendo vista como roupa de favelado. Preconceito, mas é da maioria.
12- Só ouvir funk em festas: às vezes é por obrigação ou por seus amigos gostarem. Mas nenhum cidadão classe média passará ileso dessa experiência.
13- Curtir indie rock: acho indie rock a música mais agradável do mundo. É interessante ver a divulgação desse tipo de rock nos últimos anos. É peculiarmente aceita por quase todos.
14- Reclamar do sinal do Wi-fi: apesar de ser grátis, sempre haverá um sinal baixo em algum lugar. A revolta será grande com o pobre roteador.
15- Preferir Twitter e Facebook: acho que todos preferem essas duas redes sociais do que o Orkut. Virou muito povo esse Orkut, com os "zic4$ d4 b4l4d4" dominando sua homepage. Viva os 140 caracteres e o ato de 'curtir'!
Espero que gostem, @Gui_Lorenz
*Com a ajuda de Vitor Santana Alves.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
ESTOU VENDENDO!
Galera, dessa vez não vou usar o blog para um texto. Hoje quero chamar a atenção de vocês para o fato de que eu estou vendendo pares de tênis que foram pouco usados e por um preço MUITO ABAIXO DE QUALQUER LOJA. Os tênis que estão à venda são:
NIKE SHOX
CORES : PRATA E PRETO
TAMANHO: 39
POUCO USADO, PREÇO ÓTIMO
R$ 150
PUMA DISC
CORES: BRANCO, COM DETALHES EM PRETO, PRATA E VERMELHO.
TAMANHO: 39
POUQUÍSSIMO USADO, PERFEITAS CONDIÇÕES
PREÇO: R$ 300
NIKE SHOX
CORES: AZUL E BRANCO
MODELO 2009
TAMANHO: 39
OFERTA ESPECIAL
PREÇO: R$ 100
* Aceito negociar os valores;
** Venda preferencial à conhecidos.
Obrigado e quem sabe, volto com outras ofertas.
NIKE SHOX
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R$ 150
CORES: BRANCO, COM DETALHES EM PRETO, PRATA E VERMELHO.
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PREÇO: R$ 100
* Aceito negociar os valores;
** Venda preferencial à conhecidos.
Obrigado e quem sabe, volto com outras ofertas.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Faltou Rock, Sobrou Rio
7 dias do, provavelmente, maior festival de música no mundo e algumas conclusões puderam ser tiradas. Não só de minha parte, mas de muitas outras pessoas com as quais compartilho minhas opiniões.
Bem, na primeira sexta-feira ocorreu o legítimo Pop in Rio. Tirando a ótima abertura com Paralamas e Titãs, o resto da noite não teve um pingo de rock. É aceitável trazer artistas pops que têm certa ligação com o rock participarem do festival, como as excelentes Rihanna e Katy Perry. Elton John é um mito da música mundial. Até aí tudo bem, perfeito. Mas alguém me explique por que diabos Claudia Leite foi pro Rock In Rio? O que axé tem a ver com ritmo consagrado pelas guitarras de Elvis? Nada contra quem gosta dela, mas num festival de rock...
A segunda noite teve mais intimidade com o nome do festival. Nada mais empolgante do que ouvir Red Hot Chilli Peppers e nada mais agradável do que os acordes do Snow Patrol. Não curto muito Nx Zero, mas é muito chato ver uma banda ser vaiada. Ninguém é obrigado a gostar da banda X ou Y, mas o respeito deveria vir em primeiro lugar. Mesmo caso do Glória que teve a transmissão do seu show cortada de vido às vaias do público. Falha na organização, pois Sepultura e Matanza que, teoricamente agradariam mais ao exigente público, ficaram no palco Sunset. Já no resto da terceira noite o heavy metal foi consagrado pelas experientes Slipknot e Metallica.
Na 4ª noite assisti o show da linda, porém desafinada Ke$ha. Concluí que o tal do auto-tunes faz milagre. Na 5ª noite o rock deu lugar ao pop de Shakira e ao axé da Ivete Sangalo. Ressalto de novo: nada contra quem goste, mas no rock in rio não há motivo para colocar esse tipo de música! Ótimas apresentações fecharam o festival : Maroon 5, Pitty, SOAD, Guns e na minha opinião o melhor show do festival, Coldplay. Foi espetacular a apresentação de Chris Martin e sua trupe.
Com tantos ritmos misturados, por que o nome do festival continua sendo Rock in Rio? Simples, porque o Rock and Roll é, e sempre será uma marca fortíssima. Relembro ainda as frases épicas de Dinho Ouro Preto (que fez um bom show), como " Tem um cara ali passando mal, joga uma água pra ele" ou " Pessoal da casa do car*alho dá um passo pra trás, que tem 'neguinho' sufocado aqui".
Realmente achei que faltou um pouco mais de rock. bandas como 30 Seconds to Mars, Linkin Park, Kings of Leon, The Killers, Kiss e outras teriam abrilhantado demais o festival. Se faltou rock, sobrou Rio, já que só em uma noite mais de 200 assaltos ocorreram. Me desculpem, sou um paulista que vive de piadas como essas.
"VIDA LONGA AO ROCK AND ROLL!!"
@Gui_Lorenz
Bem, na primeira sexta-feira ocorreu o legítimo Pop in Rio. Tirando a ótima abertura com Paralamas e Titãs, o resto da noite não teve um pingo de rock. É aceitável trazer artistas pops que têm certa ligação com o rock participarem do festival, como as excelentes Rihanna e Katy Perry. Elton John é um mito da música mundial. Até aí tudo bem, perfeito. Mas alguém me explique por que diabos Claudia Leite foi pro Rock In Rio? O que axé tem a ver com ritmo consagrado pelas guitarras de Elvis? Nada contra quem gosta dela, mas num festival de rock...
A segunda noite teve mais intimidade com o nome do festival. Nada mais empolgante do que ouvir Red Hot Chilli Peppers e nada mais agradável do que os acordes do Snow Patrol. Não curto muito Nx Zero, mas é muito chato ver uma banda ser vaiada. Ninguém é obrigado a gostar da banda X ou Y, mas o respeito deveria vir em primeiro lugar. Mesmo caso do Glória que teve a transmissão do seu show cortada de vido às vaias do público. Falha na organização, pois Sepultura e Matanza que, teoricamente agradariam mais ao exigente público, ficaram no palco Sunset. Já no resto da terceira noite o heavy metal foi consagrado pelas experientes Slipknot e Metallica.
Na 4ª noite assisti o show da linda, porém desafinada Ke$ha. Concluí que o tal do auto-tunes faz milagre. Na 5ª noite o rock deu lugar ao pop de Shakira e ao axé da Ivete Sangalo. Ressalto de novo: nada contra quem goste, mas no rock in rio não há motivo para colocar esse tipo de música! Ótimas apresentações fecharam o festival : Maroon 5, Pitty, SOAD, Guns e na minha opinião o melhor show do festival, Coldplay. Foi espetacular a apresentação de Chris Martin e sua trupe.
Com tantos ritmos misturados, por que o nome do festival continua sendo Rock in Rio? Simples, porque o Rock and Roll é, e sempre será uma marca fortíssima. Relembro ainda as frases épicas de Dinho Ouro Preto (que fez um bom show), como " Tem um cara ali passando mal, joga uma água pra ele" ou " Pessoal da casa do car*alho dá um passo pra trás, que tem 'neguinho' sufocado aqui".
Realmente achei que faltou um pouco mais de rock. bandas como 30 Seconds to Mars, Linkin Park, Kings of Leon, The Killers, Kiss e outras teriam abrilhantado demais o festival. Se faltou rock, sobrou Rio, já que só em uma noite mais de 200 assaltos ocorreram. Me desculpem, sou um paulista que vive de piadas como essas.
"VIDA LONGA AO ROCK AND ROLL!!"
@Gui_Lorenz
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