segunda-feira, 9 de abril de 2012

Infinitas Faces - Olhar pelo Retrovisor

"A possibilidade de dividir-me em vários "eus" foi interessante, então veja minha visão peculiar sobre mínimos detalhes que compõem este narrador" pensou o garoto naquela noite.


Sou aquele que acorda de manhã, procura o que vestir e prepara-se para mais um dia de vida. Aquele que tem sono, preguiça e que se preocupa com que os outros vão falar de mim.  Ah, como falam. Sou aquele que gosta de boa música, comida caseira, sair com os amigos, ficar com a família...

Sou o cara da calça preta, do tênis batido e da camiseta descolada. O cara que te dá bom dia, que balança a perna irritantemente, que conta uma piada sem nexo algum para ver o seu sorriso. O cara que se acha o sarcástico, o irônico, o inteligente. Sou o guri do cabelo liso, dos óculos "cheidistilo" (como diria um conhecido),  do relógio preto e da fina corrente prateada.

Sou o tal que te olha nos olhos. O tal que pega ônibus com você, gosta daquilo que é criativo. O tal que entra no elevador contigo, dá um sorriso discreto e tenta ser o mais simpático possível. O tal que está atrás de você  na fila, que está no carro ao lado. Sou quem comete erros e busca corrigi-los da melhor forma existente.

Sou o sujeito que se encanta com banalidades fantásticas. O sujeito que ri quando tu ri, que chora quando tu chora, que te abraça num momento de fraqueza. Sou o sujeito que faz o caminho mais longo só para passar do teu lado.

Sou o que sou e não o que pensam. Sou um pobre resto de esperança, sentado à beira da estrada.
Sou tudo isso e continuo sendo nada. Sou mais um sonhador, no céu com pensamentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário