segunda-feira, 18 de julho de 2011

Próxima estação: 9 3/4

Estamos dentro do trem. No trajeto da viagem Londres-Manchester percebo a beleza das várias paisagens inglesas, apesar de estar caindo uma fina garoa lá fora. Ao meu lado, está uma mulher ruiva, que aparenta cerca de 30 anos parece estar pensando em algo muito profundo e encantador. Subitamente, ela tira um tipo de diário e uma caneta de sua bagagem de mão, e começa a escrever sem parar. Rascunhos e mais rascunhos ocupam várias folhas. Fico me perguntando, de onde surgiria tanta inspiração para aqueles textos. Mas relaxo, e penso como estava boa aquela viagem à Inglaterra com meu tio. Aquele era meu penúltimo dia por lá, até voltar para São Paulo.
Hoje, mais de uma década se passou desde aquela longa viagem. Aquela mulher pensativa se tornou a maior escritora de ficção do mundo. Reconhecidamente, Joanne Kathleen Rowling é a grande responsável por milhões de sorrisos no mundo. Ela é a autora do fenômeno mundial chamado Harry Potter, o menino órfão e maltratado por seus tios, descobre no dia de seu 11° aniversário que é um famoso bruxo, um mito da magia.
Já li a maior parte dos livros de Rowling e assisti os oito filmes da saga. O último, há poucas horas no cinema. O desfecho da saga na versão cinematográfica é tão espetacular quanto no livro que já li duas vezes. É definitivamente, a melhor história ficcional já feita nos tempos modernos. Desde "a pedra filosofal" acompanho essa história fascinante. Com meus 16 anos, sinto que cresci junto com Harry, Rony e Hermione. Cresci junto de Daniel, Rupert e Emma e acredito que essa história nunca terá fim no coração dos milhões de potterianos. É impressionante como os fãs se apaixonam pela saga. Rowling, ao contrário de outras, consegue conversar perfeitamente com seus fãs através dos personagens. Harry Potter fará parte da minha vida, assim como fez até aqui. Quero repassar essa magia aos meus filhos e netos.
É uma mistura de emoções quando termina o último filme. MUITO obrigado J.K. Rowling pela viagem maravilhosa que você proporcionou-nos.

" Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem".

Hogwarts nunca me abandonará, pois na minha estante sempre haverá um lugar especial para esse incrível mundo da magia.

Sem muito orgulho, nem tanto amor

O brasileiro é um povo que adora esportes. Principalmente quando vê sua seleção nacional entrar em campo, quadra, pista ou cancha. E mal começa a peleja, e nossa criativa torcida começa a gritar em altos brados: "Eeeu, sou brasileirooo, com muito orgulhooo, com muito amooor!". Percebam que além do nome da nossa pátria-mãe, este é o único manifesto da torcida verde e amarela durante os jogos.
Mas, e você caro leitor, é brasileiro com muito orgulho e muito amor? No meu caso, diria que não. Eu não sou anti-patriota, ou algo assim. Apenas acho que o esporte, no Brasil, é uma maneira de esconder muitos problemas do país. O melhor exemplo é, com certeza, a construção de estádios para a copa do mundo de 2014. A fofa da FIFA vive inventando novas exigências para as cidades-sedes, fazendo com que os orçamentos aumentem absurdamente e os desvios de dinheiro público ocorram sem parar.
Para essa competição de 20 dias, serão construídos 12 estádios. Alguns desses em cidades onde o futebol não chega nem perto das principais divisões do campeonato brasileiro. Bilhões serão gastos num torneio de 3 semanas, enquanto que a população que depende dos serviços do Estado, continuarão esperando por soluções a serem apresentadas pelos parlamentares. Vamos esperar e continuar cantando, pois somos brasileiros e não desistimos nunca. Será?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Com novas atitudes vamos vencer- parte II

Estava quente em Mauá City. O sol brilhava forte naquela tarde de novembro e o céu começava a ser ocupado por algumas nuvens isoladas. Com todo esse calor, não estava nem um pouco animado pra ir até o centro comprar um presente de aniversário, que aliás, era naquela mesma noite. Naquele ânimo sai de casa e fui ao shopping encontrar com um parceiro que também ia na festa e também precisava comprar o presente. Homens se cansam rapidamente de andar no shopping. Eu sou indiferente à isso, por mim não tem problema andar em rua, shopping, loja ou em qualquer outro lugar. Quase uma hora depois de vasculhar várias lojas finalmente consegui achar algo BBB (bom, bonito e barato) para presentear a aniversariante. Ela merece tal esforço. Poucas merecem, mas tudo bem, já era hora de voltar pra casa e comer um Doritos. E como faz bem comer um salgadinho de milho, cheio de corantes e sódio sabor queijo nacho. É energizante. Enrolei bastante, até dar a hora de tomar banho e ir para a festa. Um jeans escuro e uma camisa xadrez depois, já estava quase pronto pra sair. Aquelas tradicionais três borrifadas de Animale, e pra variar meu bom e velho tênis vermelho completando o processo.
Já eram mais de 18:00, meu amigo acabara de chegar na minha casa e daqui íamos para a festa. Maaas tivemos um probleminha chamado chuva. Aliás, foi uma tempestade. Choveu muito, nos atrasamos um pouco, mas até que isso foi bom, pois o ar estava muito mais leve e melhor pra respirar. Conseguimos uma carona marota, e 19:30 chegamos no lugar da festa. Alguns amigos, já tinham chegado e como sempre, as risadas não paravam um segundo sequer. Uma bebida aqui, outra ali e vejo que minha antiga 'amiga' da última festa (para quem não leu a parte I do Com novas atitudes vamos vencer pare aqui e leia o primeiro texto para entender o fim dessa história) havia chegado. Fiquei feliz, mas notei que ela estava chateada ou preocupada com algo. Seus olhos não brilhavam como da última vez. Me lembro bem que ao som de Bad Romance, ela estava sozinha na varanda da casa. Fui conversar com ela. Realmente, descobri que alguns outros problemas estavam lhe incomodando muito, e que só tinha vindo à festa para tentar esquecê-los. Segundo ela, ainda não havia conseguido. Percebi nessa hora que o momento não era para um beijo, mas sim para um abraço. E foi isso o que ofereci à ela, um abraço longo e sincero, que se não me engano, durou alguns minutos e que foi o suficiente para lhe arrancar um sorriso. É isso, que faz com que a vida seja tão cheia de surpresas. Pequenos detalhes, como esse abraço, transformam um momento numa lembrança forte e que jamais se apagará.
@Gui_Lorenz

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Com novas atitudes vamos vencer

Celebração. É o último dia de aula, não há mais matéria, os professores completam seus diários e ao final da aula nos desejam boas férias. Todos os alunos estão reunidos naquela rodinha no fundo da sala, rindo de brincadeiras inexplicáveis, ouvindo um solo de violão que anima aquele dia. Todos falam sobre a festa que ocorrerá naquela mesma noite, ansiosos e animados. Cada um vai levar alguma coisa pra lá, mas eu sou folgado e vou levar só minha alegria para compartilhar com meus grandes amigos. Olho para o meu relógio, são 12:12 e tento lembrar aquela história das horas iguais. Não me recordo, mas tanto faz. Mais alguns minutos e o sinal iria bater e nos libertar de mais um pesado ano letivo. E foi isso que houve, todos comemoram e pegam suas mochilas rumo à saída. A animação é grande, estamos indo para casa e mais tarde iremos nos reunir para simplesmente celebrar nossa amizade.
São 17 horas. Descansei um pouco e agora já iria tomar banho e me arrumar. Não esperava nada de mais dessa festa a não ser muitas risadas coletivas. Tomei meu banho e escolhi minha roupa: meu jeans mais estiloso, aquela camisa da Puma que comprei na promoção e meu tênis vermelho, já bem batido, mas ainda assim era o meu preferido. Perfume? É claro. Passo uma pomada no cabelo, pra dar aquela bagunçada foda.
Vou com meus amigos até a casa onde vai ter a festa, nos encontramos na estação de trem às 17:45 e depois do trem, ainda tínhamos que pegar um ônibus. Mas e daí? Estou com meus amigos e é isso que importa.. Quando chegamos na festa, já são 18:40 e algumas outras pessoas já haviam chegado. Eram até que poucas, comparado ao batalhão que chegava comigo, cerca de 25 adolescentes.
A música não para, tinha de David Guetta a Slipknot. Dá pra dançar com qualquer música, ou pelo menso fingir (no meu caso, fingir). Um petisco aqui, outro ali. Uma bebida aqui, e outras ali. O gosto do lanche se misturava com das diversas bebidas que lá haviam. Como previsto, estávamos nos divertindo muito, mas às vezes as coisas não precisam ser planejadas para dar certo.
Assim, no meio de toda aquela gente, eu  vejo alguém acenando, me chamando. Fui encontrar com ela. Não tinha percebido como ela estava especialmente bonita naquela noite. Não precisei falar nada, para os lábios dela encontrarem os meus. Aconteceu, sem nenhum de nós ter dito uma palavra sequer. Minha mão, tocava suavemente seu pescoço, e eu era correspondido com a intensidade do beijo. Foi algo rápido, poucas pessoas viram. Não importa, foi o suficiente para me alegrar ainda mais naquela noite. A festa rolava normalmente, com certeza me divertia muito com tudo aquilo, e esse momento não podia terminar assim, de repente.A noite já estava terminando, dava para perceber pelas músicas que eram escolhidas naquele momento: Charlie Brown Jr. dominava as caixas de som. Me aproximei da minha nova "amiga", e lhe dei um beijo de despedida, e nesse beijo senti o gosto de sua boca. Foi tudo sem planos, combinações ou esquemas. Aconteceu e fico feliz que isso se reflita no presente. "Aproveite cada momento, como se fosse o último".
@Gui_Lorenz